sexta-feira, 9 de maio de 2014

TRAUMA CRANIOENCEFALICO

Trauma cranioencefálico 



O trauma cranioencefálico (TCE) é considerado a principal causa de morte em adultos jovens. Aqueles que sobrevivem, frequentemente desenvolvem invalidez, comprometendo o trabalho e as atividades sociais. O crânio é uma estrutura rígida que tem a função de proteger o cérebro. Este, por sua vez, se divide em três segmentos principais: cérebro, cerebelo e tronco cerebral.
Os TCEs podem ser classificados em três tipos, de acordo com a natureza do ferimento do crânio: traumatismo craniano fechado, fratura com afundamento do crânio, e fratura exposta do crânio. Esta classificação é importante, pois ajuda a definir a necessidade de tratamento cirúrgico.
Sob a estrutura óssea, encontramos três membranas denominadas meninges, que recobrem o cérebro. A membrana externa aderida ao crânio é chamada de dura-máter; abaixo dela encontra-se a membrana aracnóide, aderida frouxamente ao tecido cerebral e aos vasos sanguíneos, e a pia-máter, última membrana que reveste diretamente o cérebro.
Para proteger essas estruturas, temos o líquido cefalorraquidiano (LCR), substância transparente rica em nutrientes, que circunda o cérebro e a medula espinhal, funcionando como um amortecedor de impactos localizado no espaço subaracnóideo.
A pressão encontrada dentro do crânio é chamada de pressão intracraniana (PIC) e reflete a relação entre as estruturas como cérebro, sangue e LCR e o volume do crânio.
Normalmente, a pressão de perfusão cerebral (PPC) se mantém contínua e permite o fluxo sanguíneo cerebral (FSC) constante, podendo haver alterações importantes de menor ou maior gravidade dependendo da energia envolvida no momento do trauma.

 Algumas lesões provocam o aumento do volume dentro deste compartimento, seja por edema do tecido cerebral e/ou por sangramento decorrente da laceração dos vasos.
Em resposta a este evento ocorre um mecanismo fisiológico de proteção, provocando a redução do LCR e do sangue, com o objetivo de manter a PPC em torno de 60 a 70mmHg.
Durante este período, o cliente apresenta-se assintomático e a PIC dentro dos parâmetros normais. Quando esse mecanismo compensatório se esgota, ocorre aumento da PIC, o que chamamos de hipertensão intracraniana.
Para que seja feito o controle da PIC é necessário que o paciente seja encaminhado à unidade de terapia intensiva (UTI).
A instalação de lesão depende do tipo de aceleração, da intensidade, da direção do movimento da cabeça e do tempo de duração da aceleração .
Na lesão focal, a energia envolvida é menor, provocando um choque entre o crânio e o cérebro, diferentemente do que ocorre na LAD, onde o aumento de energia resulta na compressão, tensão ou cisalhamento.
Com isso, há uma laceração dos axônios e degeneração da substância branca. Neste caso, frequentemente o dano cerebral é irreversível, não sendo possível recuperação total da integridade funcional do tecido agredido.
A classificação do TCE nos dá a dimensão do agravo nos seguintes aspectos: mecanismo, gravidade e morfologia. Em relação ao mecanismo, o trauma pode ser fechado ou penetrante. As lesões cerebrais envolvendo o crânio e suas estruturas internas são decorrentes de mecanismos fechados como acidentes automotores, quedas e agressões. No mecanismo penetrante, os ferimentos são provocados por arma de fogo ou arma branca como objeto pontiagudo e lâminas em geral.
Quanto à morfologia, as lesões podem ser extracranianas, com a presença de lacerações do couro cabeludo, e intracranianas, quando há contusões, hemorragias ou lesões cerebrais difusas.
As fraturas de crânio estão presentes em 80% dos casos fatais. Apesar desse índice, as lesões cerebrais graves se desenvolvem independente da presença de fraturas .
Em relação à gravidade, utiliza-se a Escala de Coma de Glasgow para se avaliar uma pessoa com TCE. Escore abaixo de 8 são considerados “grave”, de 9 a 12 “moderados”, e de 13 a 15 “leves”.





Avaliação primaria do TCE 

A lesão secundária se desenvolve a partir de processos contínuos desencadeados após a lesão primária. Sua evolução é lenta e pode levar horas, dias ou semanas em decorrência de causas intracranianas relacionadas aos sangramentos e edemas ou, ainda, extracranianas, instaladas a partir de estados de hipotensão, hipóxia, hipoglicemia/hiperglicemia, anemia e hipocapnia/hipercapnia. Todas evitáveis do ponto de vista de tratamento e assistência.
Vítimas de TCE frequentemente apresentam lesão de partes moles da face que, por se tratar de estruturas altamente vascularizadas, levam a um alto risco de obstrução de vias aéreas pela presença de hemorragia.
O atendimento inicial prioriza as lesões que ameaçam a vida, e o tratamento específico da lesão de face será realizado após a avaliação secundária. Entretanto, os melhores resultados estéticos, funcionais e psicológicos estão associados ao tratamento precoce destas lesões.
A - Ao avaliar permeabilidade da via aérea, fique atento ao trauma de face. Frequentemente o sangramento é o principal problema devido ao risco de obstrução. A aspiração deve ser realizada com cautela e a inserção da cânula de guedel nos clientes inconscientes pode piorar a lesão na cavidade oral e aumentar o sangramento
B – Avaliar a respiração. O padrão respiratório pode estar alterado devido ao TCE. Monitorar os níveis de oxigenação por meio da oximetria de pulso. A hipóxia é um dos componentes mais nocivos ao cérebro lesado e responsável pela lesão secundária. Pneumotórax hipertensivo e tamponamento cardíaco provocam instabilidade hemodinâmica e a piora das lesões cerebrais traumáticas (LCT).
C – Circulação e hemorragias. A instabilidade hemodinâmica corrobora para pior prognóstico dos clientes com lesões cerebrais. Hemorragias externas devem ser contidas e sinais sugestivos de sangramentos internos confirmados e tratados em detrimento das lesões cerebrais. A Pressão Arterial Sistólica (PAS) deve ser mantida acima de 90 mmHg para os clientes com LCT.
D - Estado neurológico. Observe se há alterações de comportamento (orientado, confuso, sonolento, agitado ou irresponsivo), veja se as pupilas encontram-se desiguais e se reage à luz. Nessa etapa da avaliação, a atenção está voltada para as alterações relacionadas à lesão cerebral.
Contudo, paralisia facial decorrente de lesão do nervo facial pode estar ausente no início da avaliação, tornando-se evidente após compressão ou manipulação da lesão merecendo uma nova avaliação e abordagem cirúrgica
E - Retire as vestes da vítima e observe presença de lesões críticas ou deformidade de membros; múltiplas fraturas costumam provocar perdas sanguíneas significativas, gerando estados de hipotensão, sendo extremamente deletério para o cérebro lesado. É necessário mantê-lo aquecido.

 Avaliação secundária

Palpe a cabeça, procure por abaulamentos (hematoma subgaleal), ferimentos, sangramentos, crepitações e afundamentos dos ossos da cabeça. A presença de equimose periorbital (olhos de guaxinim), equimose retroauricular (sinal de Battle), fístula liquórica pelo nariz (rinorreia) ou pelo ouvido (otorreia) são sinais clínicos sugestivos de fraturas de base de crânio.
Esses sinais podem aparecer imediatamente após a lesão ou demorar alguns dias para se tornarem evidentes. Sangramento pelo ouvido deve ser cuidadosamente avaliado quanto à sua origem, se provenientes de lacerações auriculares ou otorragias que estão diretamente relacionadas com o TCE.
Observe se o cliente mantém motricidade preservada nos quatro membros, avalie força motora (peça para apertar sua mão), fique atento às queixas de dor, dormência ou paralisias. Sinais de decorticação (flexão dos MMSS e rigidez e extensão dos MMII) falam a favor da herniação das estruturas cerebrais ou, ainda, descerebração (os membros ficam estendidos), conotando uma situação de maior gravidade devido à isquemia cerebral causada pela compressão dos tecidos.
Reavalie o nível de consciência (repita as perguntas feitas no início do atendimento, observe se as respostas são as mesmas). Houve alteração no tamanho e reação das pupilas? Observe se estão puntiformes (mióticas) ou dilatadas (midriáticas), se apresentam diferença de tamanho (anisocórica) e se reagem à luz. Lesões cerebrais em expansão após trauma provocam dilatação da pupila do mesmo lado do impacto (lado ipsilateral).
As lesões de tronco encefálico ou lesões expansivas comprometem diretamente a frequência cardíaca, pressão arterial e o padrão respiratório, por isso é necessário manter esses parâmetros monitorados continuamente.
Pacientes com mecanismo de trauma para TCE e que fazem uso de anticoagulante devem ser rigorosamente monitorados quanto aos sinais de sangramentos intracranianos. Informação referente à perda de consciência após o trauma fala a favor de lesão intracraniana, sendo um dado importante que merece, no mínimo, ser investigado pelo neurocirurgião por meio de exames de imagem.
As lesões cerebrais são confirmadas com a realização de exames de imagem como Raio-X de crânio, que permite a visualização apenas das estruturas ósseas (fraturas). Para a identificação das lesões intracranianas é necessário a tomografia de crânio.
Embora o mecanismo fale a favor deste tipo de lesão e o exame físico e neurológico mostre alterações compatíveis com LCT, o tratamento definitivo á depender da confirmação da lesão por meio de exames de imagem.
Todos os clientes admitidos no pronto socorro com mecanismo de trauma sugestivo para TCE, após avaliação primária e secundária feitas pelo cirurgião geral, serão submetidos a exames diagnósticos e avaliação do neurocirurgião. Vítimas com TCE leve farão apenas a radiografia do crânio para pesquisar fraturas. Na ausência de fraturas e de sintomas, ele recebe alta com orientação.
Se for identificada fratura, ele permanece em observação
A craniotomia costuma ser indicada para as lesões focais, com a drenagem dos hematomas, hemostasia do foco hemorrágico, limpeza nos casos de fraturas expostas e afundamento de crânio, correção da dura-máter e cranioplastia.
Mediante confirmação das lesões difusas, o tratamento fica restrito em prevenir as lesões secundárias com o controle da PIC. Neste caso, a continuidade do tratamento será feita na unidade de terapia intensiva (UTI).
Nas lesões de face, o controle do sangramento é feito através dos métodos disponíveis de contenção, podendo alguns desses procedimentos serem feitos na sala de emergência, como: a compressão direta da lesão, exploração da lesão e o tamponamento anteroposterior. Para isso, é importante que você providencie os materiais necessários e auxilie na realização A redução das fraturas, angiografia com embolização do vaso e ligadura das artérias carótidas externas e temporais devem ser realizadas no centro cirúrgico, podendo ser feita concomitante aos outros procedimentos.
Nas lesões de partes moles da face, a avaliação de especialistas como cirurgião plástico, otorrinolaringologista, oftalmologista, neurocirurgião e bucomaxilofacial é necessária quando houver comprometimento das estruturas envolvendo as respectivas especialidades. Perda da força motora no lado contralateral do impacto pode ocorrer devido à compressão dos nervos motores que se cruzam na medula.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

Parada cardiorrespiratória (PCR) 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), nas últimas décadas, as doenças cardiovasculares (DCV) tem sido a primeira causa de morte no mundo.
As doenças do aparelho circulatório representam a principal causa de óbito (32%) no país e as doenças isquêmicas do coração são responsáveis por 80% dos episódios de morte súbita.
Frente a essa situação, o Ministério da Saúde instituiu a Portaria GM/MS nº 2.420, em 9 de novembro de 2004, constituindo um grupo técnico (GT) com a finalidade de avaliar e recomendar estratégias de intervenção do SUS para abordagem da morte súbita .
Dentre todas as situações que caracterizam risco de morte iminente, nenhuma emergência supera a prioridade do atendimento da PCR.Esta é definida como a cessação abrupta das funções cardíacas, respiratórias e cerebrais .
É comprovada pela ausência de pulso central (carotídeo ou femoral), de movimentos respiratórios (apneia) ou respiração agônica (gasping), inconsciência que ocorre de oito a 12 segundos após a PCR e midríase completa em menos de três minutos. 

Predisposição a parada
6 H T
Abaixo estão descritos os possíveis fatores que predispõem à PCR. Para facilitar, memorize as letras iniciais dos fatores relacionados, 6H e 6T.
hipoglicemia
hipóxia
Hipo/hipercalemia
hipovolemia
H+ ( acidose)
hipotermia

trombose
Tensão no tórax( pneumotórax)
trauma
Tamponamento cardíaco
Tromboembolismo pulmonar
tóxicos

Observações:
Hipoglicemia:diminuição da glicose no sangue;
Hipóxia:baixo teor de oxigênio.
Hipocalemia:diminuição de potássio no sangue;
Hipercalemia: aumento de potássio no sangue;
hipovolemia;: perda sanguínea;
Acidose:é a diminuição do pH de todo o organismo, tornando
o ácido devido à baixa concentração de bicarbonato no sangue.
Trombose: é a formação de um trombo no interior do coração ou de um vaso sanguíneo num
indivíduo vivo.
Pneumotórax: causado pela presença de ar na cavidade pleural, ocorrendo como resultado de
uma doença ou lesão.
Tamponamento cardíaco:também conhecido como tamponamento pericárdico, é uma
emergência médica na qual há acúmulo de líquido no pericárdio (o saco no qual o coração
está envolvido). O sangue aumenta significativamente a pressão no coração, impedindo os
ventrículos do coração de se encherem adequadamente. Isto resulta num bombeamento
ineficiente do sangue, choque e frequentemente morte. Tromboembolismo pulmonar:Embolia pulmonar ou tromboembolismo pulmonar (TEP) é o bloqueio da artéria pulmona ou de um de seus ramos. Geralmente, ocorre quando um trombo venoso profundo (sangue coagulado de uma veia) se desloca de seu local de formação e viaja, ou emboliza, para o fornecimento sanguíneo arterial de um dos pulmões
Parada
 A parada cardíaca súbita (PCS) acontece de forma inesperada, nos mais variados locais, inclusive nos hospitais.
A detecção e tratamento precoce das PCR é fator determinante para assegurar a sobrevivência, evitando o comprometimento neurológico causado pela falta de oxigenação cerebral, resultando em sequelas graves irreversíveis.
Para que o socorro possa ser prestado de maneira sistematizada a AHA 2010 desenvolveu a cadeia de sobrevivência, constituída pela sequência de ações :


 
Cada elo da cadeia de sobrevivência, instituído pela AHA 2010, deve ser seguido corretamente para melhorar a taxa de sobrevida de pessoas acometidas pela parada cardíaca.

Lembre-se que os protocolos de atendimento realizados de forma sistematizada, baseados no método mnemônico C-A-B orientam as manobras de SBV. O objetivo é garantir a boa oxigenação cerebral, realizando manobras de compressões torácicas e ventilação, que devem ser imediatamente iniciadas e realizadas até a chegada do SAV. A sequência de eventos de uma PCR nos leva a melhor compreensão das ações que são necessárias para sua reversão.


Fases da PCR
Fase Elétrica: período que se estende do momento da parada cardíaca até os cinco minutos subsequentes. A desfibrilação imediata é o tratamento ideal quando possível .
Fase circulatória ou hemodinâmica: dura de cinco a 15 minutos pós-parada cardíaca. Nesta fase, a RCP é muito importante para manutenção da pressão de perfusão coronariana e cerebral por meio de compressões torácicas externas fortes e rápidas, numa frequência de, no mínimo, 100 por minuto. As interrupções devem ser evitadas, pois comprometem a perfusão coronariana e cerebral.
Caso você encontre situação de PCR nessa fase, é importante priorizar a RCP com 30 compressões torácicas externas para duas ventilações.
Fase Metabólica: estende-se de 10 a 15 minutos após a PCR. Nesta fase, a eficácia da desfibrilação imediata e RCP diminuem drasticamente. Nesse estágio, o cliente se beneficiaria com a indução da hipotermia terapêutica à temperatura entre 32ºC a 34ºC por 12 a 24 horas, que promoveria possivelmente a melhora no fornecimento de oxigênio cerebral. Recomenda-se iniciar até 6 horas após a PCR, com o objetivo de melhorar o prognóstico neurológico e a sobrevida do cliente. 



Atendimento Pré -Hospitalar

ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 

}ETAPAS:
}a) Segurança da cena
Antes de iniciar a assistência é preciso certificar-se quanto à segurança para a realização das intervenções, pois algumas condições podem significar risco aos profissionais envolvidos no atendimento, sendo fundamental a observação de três aspectos (3 S):
 }1. Segurança da cena: avaliar as condições locais ANTES de se aproximar da área onde está o paciente;
}2. Segurança do profissional: avaliar se não há risco ANTES de iniciar o atendimento;
}3. Segurança da vítima: certificar-se que não há risco ao paciente durante o atendimento. Considere inclusive a segurança das pessoas que estão ao redor do local, seja em área pública ou no hospital.
}b) Avaliação primária :
Uma vez certificada a segurança para iniciar o atendimento é realizada a
aproximação para a avaliação primária do paciente. É recomendável, quando
possível, apresentar-se ao cliente e aos familiares, obtendo a permissão para
iniciar o atendimento.
}Quando o indivíduo já recebeu os primeiros atendimentos prestados pela
equipe do serviço móvel de atendimento pré-hospitalar, a continuidade da
assistência no hospital é extremamente favorecida, pois em geral os fatores de
instabilidade do quadro já foram identificados e controlados.
}Essa avaliação é realizada em etapas, seguindo uma sequência de prioridades,
facilmente memorizadas segundo a regra mnemônica A, B, C. Essa sequência se
refere às ações básicas a serem respeitadas, independentemente da situação.
}Em emergência clínica ou trauma, iniciar com A, B, C: 
A- Avaliação do nível de consciência;
B-Boa respiração;
C- Circulação;

Avaliação secundária:

}Após a realização da avaliação primária e tratamento imediato das alterações
que colocam a vida do paciente em risco inicia-se a avaliação secundária.
Consiste na realização de exame físico cuidadoso, em sentido céfalo-podal,
com exposição de cada segmento corporal, visando identificar outras lesões não
visualizadas na primeira avaliação (primária). 
}Lembre-se de promover a exposição parcial, apenas da área a ser visualizada,
preservando a privacidade do cliente e prevenindo o risco de hipotermia.
}A avaliação inclui a entrevista AMPLA, procurando-se conversar com o cliente
ou familiar, quando possível, para buscar informações complementares.
}A avaliação se complementa com a monitorização dos parâmetros vitais e
 avaliação neurológica.
}AMPLA:
}A:Alergias;}M: Medicamentos;
}P:Passado de doenças;}L: líquidos e alimentos}A:Acidente-Relato do
Ocorrido; 
 }Os procedimentos previstos nessa etapa incluem:
} monitorização cardíaca e avaliação dos parâmetros vitais, oximetria, capnometria/capnografia;
} oxigenoterapia;
}punção venosa, infusão de fluidos e fármacos necessários;
} cateterismo gástrico e vesical, quando indicado;
}coleta de material, encaminhamento do cliente para exames
complementares ou cirurgia;
colaboração em outros procedimentos.





terça-feira, 6 de maio de 2014

Urgência e Emergência

BOA NOITE CRIANÇAS ....VAMOS COMEÇAR FALAR SOBRE URGÊNCIA E 
EMERGÊNCIA????

           Segundo o Conselho Federal de Medicina, em sua Resolução CFM n° 1.451, de 10 de março de 1995, urgência significa a ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata .A emergência é a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato. 

          Componente pré-hospitalar fixo

—    A Portaria GM/MS nº 2.048 estabelece o acolhimento de clientes com quadros agudos em unidades de saúde de baixa complexidade, como os estabelecimentos da atenção primária, denominados pré-hospitalar fixo .
—    Na estrutura física do componente pré-hospitalar fixo, como a unidade básica de saúde, Unidade Saúde da Família, ambulatório de especialidades e serviço de apoio diagnóstico, os casos de urgência devem ser acolhidos em ambiente previamente estabelecido e organizado. É necessário que todos os membros da equipe técnica e administrativa, especialmente a equipe de enfermagem, conheçam a sala para o atendimento de urgência. —É atribuição da equipe de enfermagem organizar os materiais médico-hospitalares como laringoscópio com lâminas adulto e infantil, cânula endotraqueal, material para realização de punção venosa, sondas de aspiração e outros.Manter disponíveis medicamentos utilizados em caso de parada cardiorrespiratória (PCR) e insuficiência respiratória, materiais e equipamentos para oxigenoterapia, aspiração traqueal ventilação, desfibrilador externo automático (DEA) e outros deverão estar disponibilizados.Os recursos organizados permitem o atendimento e estabilização do cliente até que seja transferido, de forma adequada para uma unidade de maior complexidade. 

 Componente pré-hospitalar móvel 


       Ao pedir ajuda por meio da central de regulação 192 (Samu) ou 193 (Corpo de Bombeiro),  o socorrista, parentes da vítima ou a própria vítima recebe orientações do médico              regulador que decide pelo envio de ambulância de suporte básico ou avançado com equipe habilitada em atendimento a situações de urgência, caso avalie que seja necessário disponibilizar esse recurso .

 O médico regulador autoriza o transporte do cliente diante do problema de saúde relatado pela equipe local de atendimento pré-hospitalar (APH), por meio de comunicação por telefone ou rádio.Em se tratando de situações não caracterizadas como risco iminente de vida, cabe ao médico regulador dar orientações sobre outras medidas a serem efetuadas pelo solicitante.


Definições

—Primeiros socorros – atendimento prestado, inclusive por leigos, para manter a vida e evitar o agravamento das condições até o recebimento da assistência especializada. 
Atendimento pré-hospitalar - atendimento prestado por profissionais da área da saúde, treinados e capacitados para prover os cuidados iniciais ao cliente, de forma organizada e sistematizada, seguido de transporte até serviço de saúde que proporcionará o tratamento definitivo. 
Resgate - consiste na retirada do indivíduo de um local, por vezes de difícil acesso, de onde o mesmo não possa sair sozinho em segurança. Pode ser necessário o uso de materiais e equipamentos especiais para efetuar a retirada, além de treinamento específico para realizar esses procedimentos.


Referências: Apostila Cruz Vermelha Brasileira.
Artigos FMU.

domingo, 4 de maio de 2014

Nutrição


Vamos relembrar???


Alimentos - fonte de matéria e energia .
Organismos autótrofos - produzem o próprio alimento
(ex: bactérias, cianobactérias, algas e plantas).
Organismos heterótrofos - obtém alimentos de forma
pronta (ex:bactérias, protozoáriosDigestão: conjunto de processos que promove a
quebra dos nutrientes em partículas pequenas para
que o organismo possa absorvê-los.

Relembrando as funções...

Boca

}Paladar (língua);
}Mastigação;
}Insalivação;
}Início da digestão de amido;
}Deglutição;

Estômago

}Produz e secreta o suco gástrico (em seu próprio interior);
}Local de digestão de proteínas em pH ácido;
}Formação do quimo (quimificação);

VIAS PARA NUTRIÇÃO

}Via oral;
}Via sondas :
}Sonda gástrica, enteral , gastrostomia, jejunostomia;

Nutrição enteral

}NUTRIÇÃO ENTERAL CONSISTE EM ADMINISTRAÇÃO DE ALIMENTOS ,MEDICAÇÃO , E ÁGUA ATRAVÉS DE SONDAS QUE PODEM SER SONDA GÁSTRICA, SONDA ENTERAL , GASTROSTOMIA E JEJUNOSTOMIA.

Objetivos


}Fornecer aporte nutricional , calórico e medicamentoso ao paciente impossibilitado  de deglutir espontaneamente.

Imagens Gastrostomia


INSERÇÃO DA SONDA NASOGÁSTRICA

MATERIAL NECESSÁRIO:
}Sonda de calibre adequado;
}Lubrificante hidrossolúvel ( xilocaína);
}Gazes;
}Seringa de 20 ml;
}toalha.;
}Recipiente com água;
}Estestocópio;
}Luvas de procedimento;
}Tiras de fitas adesiva;

 SONDAGEM


}Para o paciente pode ser uma experiência negativa , devido a dor e reflexo de vômito.
}O comprimento da sonda a ser introduzida deve ser medindo colocando se a sua extremidade na ponta do nariz , até o lóbulo da orelha , até o apêndice xifóide, marcando esta delimitação com uma fina tira de adesivo. 
}Deverá ser realizada com o paciente em decúbito elevado ,ou sentado para prevenir a broncoaspiração.
}Deverá ser introduzida aberta , para permitir a saída do conteúdo gástrico.
}CASO O PACIENTE APRESENTE SINAIS DE SUFOCAMENTO, TOSSE ,CIANOSE OU AGITAÇÃO , DEVEMOS SUSPENDER A MANOBRA E REINICIÁ LA APÓS SUA MELHORA;

LOCALIZAÇÃO DA SONDA

}TESTES PARA CERTIFICAÇÃO DA LOCALIZAÇÃO DA SONDA:
}ASPIRAR SUCO GÁSTRICO;
}INTRODUÇÃO DE 10 ML DE AR PELA SONDA , E AUSCULTAR.

Inserção da sonda enteral

MATERIAL NECESSÁRIO
}Sonda de calibre adequado;
}Lubrificante hidrossolúvel;
}Gases;
}Seringa de 20 ml;
}Toalha;
}Recipiente com água;
}Luvas de procedimento;
}Fitas adesivas , raio x.

sondando...

}Elevar a cabeceira do paciente , ou sentado;
} Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do apêndice (acrescentar mais 10cm);
} Marcar com adesivo;
}Calçar luvas;
} Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta, introduzir até a marca do adesivo;
} Retirar o fio guia após a passagem correta;
}Aguardar a migração da sonda para duodeno, antes de administrar alimentação (até 24hs) confirmada pelo RX.

Administrando a dieta enteral

}Deve ser administrada por método contínuo;
}Volume em torno de 350 ml por vez , de 4 a seis vezes ao dia.
}A melhor forma de administração é o gotejamento , num período de 20 a 30 minutos;
}A maneira mais segura é por bomba de infusão;

Preparo para administração de dieta enteral

}Conferir o rótulo da nutrição enteral , que deve constar : nome do paciente, via de acesso , data e hora da manipulação, prazo de validade, nome e numero do registro profissional.

}Checar as condições de higiene da bomba de infusão antes de usar;
}Conectar o equipo de infusão no recipiente de nutrição em seguida inserir na sonda;

Cuidados gerais


}Higiene sempre;
}Paciente sempre com o tórax elevado , durante e uma hora após a administração;
}Após a dieta , lavar a sonda com 50 ml de água;
}Controlar o peso uma vez por 
}Semana;
}Observar sinais e sintomas;


gastrostomia

}Gastrostomia é uma abertura feita cirurgicamente no estômago para o meio externo, com finalidade de facilitar a alimentação enteral para o cliente e administração de líquidos, quando a mesma está impossibilitada por via oral.
Complicações




Peritonite (inflamação do peritônio);


Hemorragia;


Aspiração;


Infecção da Ostomia;

Cuidados com Sonda da Gastrostomia

A sonda é presa à parede do abdômen, mas é útil fixá-la com fita adesiva hipoalergênica ou esparadrapo para evitar trações e deslocamentos acidentais. Seguir as orientações do enfermeiro quanto ao curativo. Em caso de deslocamento, vazamento ao redor da sonda, dor no momento da administração da dieta, interromper a infusão e procurar o seu médico ou equipe que o acompanha.
}Por ser muito fina, a sonda pode entupir-se facilmente, impossibilitando a administração da dieta enteral. Para evitar este problema:

 injetar, com uma seringa, 40 ml de água filtrada, fervida e fria na sonda, antes e após a administração da dieta ou de medicamento.
}Administrar os medicamentos um a um. Injetar água após cada medicação, para evitar que se misturem na sonda, podendo entupir a mesma. Existem medicamentos que não devem ser administrados pela sonda; verificar com médico responsável pela prescrição.
}Em caso de obstrução, injetar lentamente 20 ml de água filtrada, fervida e morna ou refrigerante tipo cola. Atenção: a sonda pode se romper caso a pressão para injetar a água for muito forte . 

Dúvidas???